
– O pensamento de vender o centro de treinamento já estava dentro de um conjunto de medidas discutidas com os presidentes das federações estaduais. O custo para a utilização do CT é muito alto. A seleção brasileira utilizou o local muito pouco em épocas passadas, e agora nós temos o oferecimento de alguns estados para fazermos treinamentos sem nenhum custo para a CBFS – afirmou Madeira, em entrevista por e-mail ao GloboEsporte.com.
Inaugurado na gestão de Aécio de Borba Vasconcelos, o centro de treinamentos da CBFS conta com um ginásio, academia, refeitório, alojamento e área de lazer para os atletas. A Confederação não quis informar o valor pedido para a compra, nem quem são os interessados em adquirir o local.A CBFS segue sem patrocínio master para a camisa da seleção Brasileira.
ENTENDA A CRISE NA CBFS
A crise no futsal brasileiro explodiu em 2014, quando o então presidente da CBFS, Aécio de Borba Vasconcelos, teve o balanço da sua administração reprovado pela primeira vez na história da entidade. Revoltados com a má administração da CBFS e desgastados com o diretor de seleções, Edson Domingues Nogueira, o qual promoveu uma grande reformulação na comissão técnica após o Mundial de 2012, um grupo de jogadores liderado por Falcão passou a boicotar a seleção.
Envolvido em denúncias de nepotismo e corrupção, Aécio renunciou ao cargo em junho de 2014. Em seu lugar assumiu o vice-presidente de competições, Renan Tavares. Na esperança de dias melhores, os jogadores resolveram dar um voto de confiança ao novo presidente e voltaram a defender a seleção no segundo semestre de 2014. No entanto, após a disputa do Grand Prix, em novembro, em São Bernardo do Campo (SP), a seleção ficou vários meses sem atuar, já que a CBFS se encontrava em grave crise financeira, chegando a cancelar todos os compromissos marcados para a equipe do técnico Serginho Schiochet no início de 2015.

Devido à crise financeira, Renan antecipou a eleição à presidência para março do ano passado, avisando que não continuaria no cargo. Líder da oposição, o então presidente da Federação Mineira, Marcos Madeira, decidiu lançar uma chapa após aliar-se à situacionista Louise Bedé. O fato revoltou jogadores, que declararam novo boicote á seleção no mesmo mês de março – os atletas chegaram a lançar a candidatura de Nilton Romão, que desistiu do pleito, uma vez que a chapa rival contava com o apoio de quase todas as federações. A comissão técnica também acompanhou o protesto e entregou o cargo no dia 23 de março de 2015.
Após tentativa fracassada de levar o futsal para a CBF e de terceirizar a gestão da seleção brasileira, os atletas voltaram a se aproximar da CBFS após seguidas reuniões e, em julho de 2015, a paz foi selada, e a comissão técnica de Serginho Schiochet reassumiu o comando. A seleção voltou às suas atividades a partir de agosto do ano passado, quando disputou a Copa América no Equador. O Mundial será em setembro na Colômbia
FONTE: GLOBO.COM
FOTO:CBFS