PARABÉNS CLUBE DE REGATAS BRASIL PELOS SEUS 103 ANOS

Rua Jasmim no bairro de Pajuçara, dia 20 de setembro de 1912. Neste dia, era fundado por Lafaiete Pacheco e Antonio Vianna um dos mais populares clubes do Nordeste e um gigante de Alagoas, o CLUBE DE REGATAS BRASIL.

LAFAIETE PACHECO ( foto ) – O fundador do CRB:

Lafaiete Pacheco foi um homem-devoção. Sua dedicação ao Clube de Regatas Brasil era uma coisa bonita, limpa, sincera. Ele queria o CRB sem alardes. Nada de bater no peito e dizer que amava seu clube. Não, nada disso. Lafaiete Pacheco gostava do seu clube em silêncio, um silêncio que ele quebrava para devolver as ofensas que fizessem ao clube da pajuçara.

Foi de suas mãos que o Clube de Regatas Brasil despontou para ser o grande clube que é nos dias de hoje. Para Lafaiete Pacheco já não chegava a palavra amor, em relação ao que ele sentia pelo CRB. Devoção, isso sim, era o que sentia na alma e no espírito desse admirável desportista.

Tranqüilidade era seu traço predominante se o CRB estava tranqüilo. Angustiado era sua característica se angustiado estava o CRB. Seu ideal tinha um só nome: CRB. Desde sua fundação se dedicou de corpo e alma ao clube do seu coração. E nunca quis ser presidente. Seu nome se tornou um símbolo. Símbolo de trabalho, de bem querer, de administração e, principalmente, símbolo de crença nos destinos do Clube de Regatas Brasil.
Um dia, Lafaiete Pacheco foi levado ao cemitério, mas não morreu. Os homens-devoção não morrem jamais, e isso pela simples razão de que enquanto existir o CRB existirá sempre LAFAIETE PACHECO.
( LAUTHENAY PERDIGÃO )

Os primeiros passos do clube foram dados na regata, com o futebol sendo aderido quatro anos depois ( 1916 ). O primeiro título do clube aconteceu em 1927, foi campeão alagoano na 1ª edição da competição, tornando-se assim o primeiro clube campeão estadual.

A diretoria do CRB reuniu seus campeões no Bar do Alemão para comemorar o titulo do primeiro campeonato oficial em Alagoas.

 

CAMISA DO ZAGUEIRO ZÉ LUIS CAMPEÃO ALAGOANO EM 1964

De lá para cá foram mais 28 títulos estaduais ( Um deles o de 1964, camisa foto acima ), incluindo dois tetra campeonatos ( 37/38/39/40 e 76/77/78/79 ). Na conquista do tri em 1939 uma partida que ficou na história, o famoso jogo da SOFIA, quando o CRB goleou seu maior rival por 6×0 em partida realizada no campo da Pajuçara. Foram dois gols de Arlindo, dois de Duda, um de Cláudio Régis e outro de Ramalho. E o nome SOFIA como surgiu?

Lauthenay Perdigão explicou: – Na entrevista que fiz com o ex-jogador Cláudio Régis, ele disse que o centroavante do CRB chamado Arlindo, que assinalou dois gols naquele clássico, criava uma cabra no campo da Pajuçara chamada Sofia, e por ela tinha um cuidado todo especial. Arlindo gostava de cantar uma modinha que falava nos vinte e cinco animais do “jogo do bicho”. E quando chegava no numero seis (cabra), ele dava uma paradinha e fazia alusão à goleada dos 6 x 0. Os jogadores gostaram, passaram para a torcida e a gozação foi geral. Foi um jogo histórico pela goleada, que através dos anos, nunca foi igualada.

CSA x CRB - jogo da sofia (Foto: Leonardo Freire/GLOBOESPORTE.COM)
BOLA DO CLÁSSICO DA SOFIA

 

O segundo tetra foi conquistado já no final da década de 70, exatamente no dia 21 de setembro de 1979 com um timaço quase todo ele formado na base ( Nove jogadores ) comandados por Silva “cão” dentro de campo e sendo treinado por Jorge Vasconcelos. Na final vitória sobre o CSA por 2×0 com gols de Silva e Zé Luis contra.

CRB campeão alagoano de 1979
TIME TETRA CAMPEÃO EM 1979

Também na década de 70 aconteceu a primeira participação do clube em campeonatos brasileiros. Em 1971 a primeira participação na segunda divisão e em 1972 na primeira divisão quando ficou em 25° lugar. Ainda na década de 70, exatamente em 1976 chegava em nossa capital vindo do interior paulista o jogador que vinha a ser o maior artilheiro da história do clube: JOÃOZINHO PAULISTA.

Na década de 80 foram três títulos estaduais ( 83, 86 e 87 ), no de 86 o atacante Ilo entrou para a história do clube marcando dois gols na virada sobre o CSA por 2×1 em um Rei Pelé lotado. Ilo foi artilheiro daquele estadual com 10 gols marcados.

TIME CAMPEÃO 1986

Em 1993 o CRB conquistou sua vaga na série B, vaga conquistada em uma seletiva contra equipes paraibanas ( Treze, Campinense, Auto Esporte e Botafogo ). Ainda na década de 90 o galo foi vice campeão do Nordeste, sendo derrotado nas penalidades para o Sport de Juninho Pernambucano no Rei Pelé. Lau, Capitão e o goleiro Wanderley eram os destaques da equipe alagoana. Em 1995 com um time que sobrou na competição, o time foi campeão alagoano de forma incontestável, tendo em Inha seu grande jogador.

CRB CAMPEÃO 1995

O galo só voltou a conquistar um título em 2002 em uma equipe que tinha o atacante Sílvio e o lateral esquerdo Calixto dois de seus destaques, a equipe era dirigida por Luiz Carlos Cruz.

Em 2012 após um jejum de 10 anos veio o título com um empate diante do ASA em Arapiraca, o bi aconteceu em 2013 em uma disputa de pênaltis diante do CSA. Conquista especial por ser o centenário do clube azulino. Em 2014 perdeu a chance do tri, frustrando sua torcida que lotou o Rei Pelé e o título ficou com o Coruripe. A vingança aconteceu este ano com o galo evitando o bi da equipe do interior.

TIME CAMPEÃO 2015
São 103 anos de história, vários craques e muita emoção. O CRB hoje está na elite do futebol brasileiro ( Disputa a série B ), está com seu CT em andamento, buscando assim sua estruturação e crescimento dentro o cenário nacional. Vestiram a camisa do clube jogadores memoráveis como: HAROLDO ZAGALLO, MIGUEL ROSAS, PAULO NYLON, SILVA, CANAVIEIRA, ROBERTO MENEZES, JOÃOZINHO PAULISTA, INHA, GERONIMO, CATATAU, SERGINHO CARIOCA, ROBERVAL DAVINO, COCA, IVANILDO, GILMAR, JORGE DA SORTE, MUNDINHO, CÉSAR, ILO, ZÉ CLÁUDIO, GIOVANNI, ALOÍSIO, ÍNDIO e FERNANDO CÉSAR.

ROBERVAL DAVINO FOI JOGADOR E TREINADOR DO CRB

PARABÉNS CLUBE DE REGATAS BRASIL, O GALO MAIS QUERIDO DO NORDESTE.

crb-1976

 

 

 

 

EQUIPE CAMPEÃ DE 1976

crédito:capelense.com.br

HINO DO CLUBE:

Ao remo! Pois nosso norte

De glórias traçado está.
Façamos o peito forte
Que a pátria forte será.

Argonautas da esperança,                                                                                                                         
Vamos bem longe embalar
Nosso sonho de bonança.
Ao mar! Ao mar!

Amamos a natureza,
O mar verde e o céu de anil.
Avante! Pela grandeza
De nosso caro Brasil.

Nos momentos mais extremos
A pátria em nós terá fé.
E o futuro esperaremos
Alegres, firmes, de pé.

Em nossas veias ardentes,
De marujo o sangue corre.
Mocidade, pra frente,
Que a mocidade não morre!

Autor: Jayme Altavilla

104 - CRB 1983 - Campeão Alagoano
crédito/foto tribunadobotão

Carlos Antero

Educador Físico

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