O tomate geralmente é considerado pelas pessoas como sendo um vegetal, no entanto é uma fruta, já que possui sementes. Alguns dos benefícios de ser consumir tomates são diminuir o risco de doenças cardiovasculares, prevenir o câncer de próstata, aumentar as defesas do organismo e cuidar da pele, do cabelo e da visão.
Estes benefícios são atribuídos ao fato do tomate ser rico em vitamina C, potássio e folato, além de ser a principal fonte de licopeno, um antioxidante com propriedades anticancerígenas. Apesar disso, existem muitas dúvidas sobre se o consumo das sementes pode representar algum risco para a saúde, por isso são indicados a seguir alguns mitos e verdades.
As sementes do tomate não causam pedras nos rins — Foto: Istock Getty Images
Os oxalatos são os sais do ácido oxálico, que não é naturalmente digerido pelo organismo humano, podendo ser considerado até tóxico quando ingerido em altas concentrações, acima de 1500 mg. E não é uma especificidade só do tomate, muito menos só de suas sementes. O oxalato se acumula em todos os tecidos vegetais, ou seja, nas folhas, caules, raízes e também nas sementes de diversos alimentos. Por essas questões de incompatibilidade com o organismo humano, ele é eliminado pelo corpo através da urina. E aí surge o fator de risco para cálculo renal.
– O oxalato é um íon e tem complexa capacidade de ligar-se ao cálcio, que é pouco solúvel na urina, formando o cálculo renal. Quando uma pessoa efetua um consumo inadequado de água, o cálcio juntamente com o oxalato, ambos provenientes da alimentação, pode se precipitar na forma de oxalato de cálcio formando os cálculos renais. Cerca de 80 % dos casos de cálculos renais são compostos por oxalato de cálcio, 1 a 10 % são cálculos de fosfato de cálcio, 10 % são cálculos de estruvita (fosfato triplo amoníaco magnesiano), 9 % são cálculos de ácido úrico e 1 % são cálculos de cistina, uratos ou relacionados à fármacos, segundo estudos – ensina o urologista.
Apesar de as sementes de tomate levarem a má fama, o oxalato também é facilmente encontrado em diversos outros alimentos como vegetais folhosos, oleaginosas, raízes e farinhas. O ácido oxálico está presente ainda em alimentos muito populares, como espinafre, beterraba, trigo, amêndoa, avelã, amendoim, carambola, linhaça, feijão, soja e até o cacau. O tomate nem sequer entra na lista dos alimentos com maiores índices de oxalato, caso do espinafre cru, da batata doce e do ruibarbo, por exemplo.
Em contrapartida, uma dieta à base de tomate e derivados é rica em licopeno, nutriente associado com o combate de radicais livres e com a diminuição do risco de doenças crônicas, tais como doença cardiovascular e câncer, principalmente o câncer de próstata e o de mama. Além de melhora a qualidade de sémen em homens com problemas de fertilidade. Sendo assim os benefícios do tomate em uma dieta alimentar jamais devem ser descartados, assim como a fruta não deve ficar de fora da alimentação humana.
Mas e quem sofre com pedras nos rins, o que deve fazer?
Como as chamadas pedras nos rins causam altos níveis de dores, todo cuidado neste caso é pouco. Uma alimentação para evitar pedras nos rins, voltada para pessoas que já sofrem com o problema, deve ter uma baixa ingestão de oxalato diária. Não deve-se ultrapassar o consumo de 50 mg por dia da substância. Na média, cem gramas de tomate cru contêm cerca de 60 mg de oxalato. Quando escaldados, no entanto, há uma significativa redução. O consumo do tomate cozido ou em forma de molhos manteria a disponibilidade do licopeno e reduziria a do oxalato, sendo assim uma boa solução.
Licopeno
É um antioxidante altamente poderoso, capaz de proteger contra a oxidação do colesterol e, por isso, protege contra doenças do coração. Além disso, essa substância fortalece o sistema imunológico, estimulando o combate às células malignas e cancerígenas. Isso porque o organismo não é capaz de sintetizar o licopeno. Por essa razão, é necessária uma dieta de alimentos que contenham essa substância para ajudar na prevenção destas doenças.
Contra as pedras nos rins, o segredo está na água
Uma importante dica dos especialistas para evitar cálculo renal é a ingestão adequada de água.
- Consuma em torno de 35 ml de água por quilo corporal.
Exemplo: se você pesa 65 quilos, multiplique seu peso por 35. O resultado será a quantidade de mililitros indicada para beber por dia, no mínimo, ou seja: 65 x 35 = 2.575 ml de água por dia, no mínimo.
O consumo ideal do tomate, mais seguro é do tomate em forma de molho, porque que além de diminuir o teor de oxalato, aumenta a biodisponibilidade de licopeno, já que este antioxidante é mais bem absorvido quando aquecido e misturado com uma boa fonte de gordura.
Fontes:
tuasaude.com
globo.com/Eu atleta